O Rio Grande do Norte está na rota dos investimentos para atingir padrao de qualidade internacional no turismo

Williams Vicente
williamsvs@hotmail.com

O Rio Grande do Norte atrai turistas do mundo inteiro pela beleza natural das regiões. Paisagens bucólicas, oníricas e até recantos que nem mesmo o potiguar conhece estão cravados nesta terra do camarão. Do chão seco do sertão às chapadas da Praia do Amor em Pipa, cada pedaço de terra merece ser apreciado. Mas para ir mais longe, o Rio Grande do Norte precisa se redescobrir e se profissionalizar, mantendo a preservação do ambiente, as relações com mercado turístico. O que já acontece e ainda pode melhorar.

Se depender do Ministério do Turismo, o Rio Grande do Norte em breve ocupará lugar de destaque no cenário internacional, atingindo padrão de qualidade dos serviços assim como em qualquer outro ponto do planeta. A preocupação com investimento nesse caso não é mero narcisismo patriótico. O turismo pode, se as metas forem cumpridas, promover a correção do desequilíbrio social.

"A melhor forma de combater as desigualdades sociais é gerando emprego e a área mais promissora para isso é o turismo". Disse o secretário de Turismo do Rio Grande do Norte, Fernando Fernandes, em encontro com a ministra do Turismo, Marta Suplicy. A ministra reuniu-se, na última quarta-feira, na Câmara dos Deputados, com a bancada do Estado para apresentar e debater projetos para o turismo na região.

Ações de infra-estrutura, qualificação e promoção estavam na pauta da ministra: "Espero que essa proposta de projetos para o desenvolvimento do Rio Grande Norte, em 2008, da ordem de R$ 220 milhões, auxilie vocês, parlamentares, a se organizarem e apresentarem ações para possibilitar o crescimento do turismo na região", disse.

Em 2002, o Rio Grande do Norte recebeu cerca de 550 mil turistas, em 2006 esse número foi para 2,2 milhões. Foram cerca de 300 mil estrangeiros, 253 mil empregos gerados. De cada 4, um envolveu a cadeia produtiva do turismo.

No período de 2003 a 2006, o Ministério do Turismo investiu no Rio Grande do Norte cerca de R$ 120 milhões em projetos de infra-estrutura, qualificação, campanhas promocionais e em programa regionais de desenvolvimento.

Natal e Tibau do Sul (Pipa) especialmente estão inseridos no projeto dos 65 destinos indutores de desenvolvimento regional do Ministério. Marta Suplicy assinou sexta-feira um convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a realização de estudos com o objetivo de mensurar o nível de competitividade dos destinos selecionados por meio do Programa de Regionalização do Turismo.

"Eram 200 regiões e 3.189 municípios identificados com potenciais turísticos. Desses todos, 65 ficaram com essa missão de impulsionar o turismo e, conseqüentemente, a economia regional. Podemos dizer que são as nossas 65 maravilhas, e, como tal, devemos cuidar muito bem delas para que desenvolvam ainda mais seu potencial. São 35 mil pessoas envolvidas numa rede em defesa do turismo. Portanto, vamos ter a colaboração de muita gente nesse trabalho", disse a ministra Marta Suplicy, para uma platéia composta por prefeitos, secretários estaduais e municipais de Turismo e integrantes do Conselho Nacional do Turismo (CNT).

Cada Unidade da Federação teve pelo menos um destino escolhido. A idéia é tornar essas regiões pólos de referência em qualidade para o turista. A metodologia desenvolvida pela FGV vai analisar vários itens da atividade turística, desde acesso ao local, preservação do meio ambiente, promoção, infra-estrutura geral até capacidade empresarial da região. De acordo com o estudo, a médio prazo, o ministério terá uma ferramenta para avaliar se o destino escolhido aprimorou ou não desenvolveu seu potencial em cada um dos quesitos avaliados.

A seleção dos 65 destinos seguiu critérios técnicos: o município deveria possuir infra-estrutura básica e turística, além de ter atrativos qualificados e ser um núcleo receptor e distribuidor de fluxos turísticos. Pipa, por exemplo, é uma vila de pouco mais de dois mil habitantes e oferece cerca de 150 pousadas e hotéis. As regiões escolhidas também podem se beneficiar da articulação do MTur com outros ministérios e instituições. "Os destinos indutores terão a responsabilidade de propagar o desenvolvimento nos roteiros e nas regiões turísticas das quais fazem parte", disse o secretário nacional de Políticas de Turismo e responsável pelo Programa de Regionalização, Airton Pereira.

Dentro do processo de aperfeiçoamento dos destinos, a ministra Marta Suplicy também anunciou para o dia 25 de setembro a assinatura de parceria com o Sebrae. A intenção é que o convênio, da ordem de R$ 20 milhões, faça a certificação e normatização das atrações turísticas no país.

(Fonte: O Mossoroense)

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