Mossoroense estava entre os 228 passageiros do avião da Air France

POR ADRIANA MORAIS - JORNAL O MOSSOROENSE - adriana.morais20@hotmail.com

Entre os 228 passageiros do voo 447 do Airbus 330, da Air France, estava o mossoroense Solueliton Vieira de Sá, 40. A informação foi repassada pela família da vítima, que reside em Juremal,comunidade distante nove quilômetros de Baraúna (RN).

Solineide de Sá, irmã do passageiro mossoroense, relata que, no último domingo, antes de embarcar no voo com destino à França, Solueliton Vieira telefonou para a família dando notícias, como sempre costumava fazer. "Nunca podia imaginar que essa poderia ser a última vez que eu falava com meu irmão", diz.

Solueliton Vieira viajava à França, rumo ao Cairo, no Egito, onde era comandante de navegação e pesquisa de petróleo da Grant Geophisycal há seis anos. A irmã da vítima informa que ele trabalhava 45 dias e folgava 15 dias. "Sempre nas folgas ele vinha para a cidade", complementa Solineide de Sá.

Ela relembra que soube do desaparecimento do airbus na segunda-feira passada, acompanhando o noticiário na TV. No mesmo dia, a empresa a qual seu irmão prestava serviços entrou em contato com a família, para confirmar a presença do potiguar no voo.

Desde então, a família acompanha o desenrolar do caso, com esperanças de receber alguma boa notícia. No entanto, quando, na tarde de ontem, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou que os destroços, encontrados durante a madrugada de ontem no Oceano Atlântico, são do Airbus, a esperança de encontrar Solueliton Vieira com vida ficou cada vez mais reduzida.

Todavia, D. Francisca Vieira de Sá, mãe de Solueliton, disse que, embora as chances sejam mínimas, ainda alimenta a esperança de que seu filho esteja vivo. "Enquanto não for encontrado o corpo dele, não vou perder as esperanças de ter meu filho de volta", diz.

Natural de Mossoró, Solueliton Vieira residia em Baraúna (RN), era casado e tinha duas filhas, sendo uma de quatro anos e outra de nove. Ele morava em Areia Branca e há cinco meses havia se mudado para Baraúna.

Na manhã de ontem, a esposa Regiene e o irmão Sólon Filho foram, com passagens custeadas pela Air France, ao Rio de Janeiro, para acompanhar o caso de perto.

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