Obesidade Infantil

"Que bebê mais fofinho. Ele deve ter muita saúde. Tão bochechudo que dá vontade de apertar". Dizer que criança gorda é saudável deve ficar no linguajar do passado. Hoje é consenso entre especialistas que para estar em dia com a saúde é necessário estar dentro do seu peso e ter uma alimentação equilibrada. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos da Obesidade (ABESO), uma criança obesa tem o dobro de chances de se tornar um adulto obeso.

O aumento da obesidade infantil preocupa em todo o mundo. Segundo estudo promovido pela Universidade de Illinois, os filhos poderão viver menos que os pais. O crescimento da obesidade infantil e os problemas cardiovasculares que dela derivam, em idades a cada dia mais precoces, são capazes de determinar que as crianças de hoje sejam a primeira geração de filhos que viverão menos do que seus pais. De acordo com a nutricionista especialista em nutrição clínica Karla Candice, não há uma criança que está gorda, mas sim obesa. A obesidade é uma doença que deve ser avaliada a partir das características de cada pessoa (peso, idade e altura). Os riscos para avaliar se dão desde o nascimento. O elevado peso em crianças se dá por uma série de fatores. Entre eles se destacam predisposições ambientais e genéticas
O diagnóstico da doença é confirmado a partir de um exame de sangue e por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Outras doenças podem vir associadas à obesidade, como a hipertensão arterial, o aumento de colesterol e o diabetes. Além dos problemas de saúde física, a obesidade também traz distúrbios psicológicos. A sociedade impõe o chamado "padrão magro de beleza". O psicólogo especialista em crianças e adolescentes Fred Souza comenta que características de personalidade como ansiedade, estresse, problemas com rendimento escolar afetam a vida das crianças e podem ser causas e conseqüências da obesidade.
Fonte: Jornal O Mossoroense

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