Seca

Fenômeno social agrava a pobreza e afeta as condições de vida da população

A seca é um fenômeno natural, sendo em 1534 o primeiro relato desse desastre. Ao se focalizar a dimensão natural das secas, não se consegue vislumbrar muito mais do que a histórica repetição de cenas de fome e sede. Embora tendo o caráter natural e acontecendo na mesma região, a seca ocorre em diferentes conjunturas sociais, econômicas e políticas que possuem aspectos particulares quanto à estiagem. Misturam-se a ela aspectos socioeconômicos e políticos, que lhe tiram o caráter único de desastre natural. Para efeitos deste trabalho, a seca é considerada como fenômeno social que agrava a pobreza e afeta particularmente as condições de vida da população, que dificilmente tem acesso às políticas sociais.

Na seca, o trabalhador passa por mais necessidades. Tanto as pessoas como os animais vivem na seca o drama da sede e da fome.

Nas regiões de seca, os agricultores tentam fazer milagre para sobreviver. Às vezes não conseguem. As crianças convivem com a falta de tudo: moradia, comida e água. Muitas nunca tiveram um brinquedo e, muito cedo, aprendem a passar o dia na beira da estrada, esperando conseguir farinha, feijão ou moedas para ajudar a comprar alimento.

Enquanto as causas estruturais da miséria não são atacadas, a maioria dos habitantes do local bebe água sem tratamento, muitas vezes de pequenas represas onde os animais também matam a sede.

Nessas regiões são verificados consideráveis desníveis sociais. Na área rural há, por um lado, pequeno número de médios e grandes proprietários com elevado padrão de vida. Há também apreciável número de pequenos proprietários, que dependendo da qualidade da terra, têm padrão de vida razoável ou precário e que, intermitentemente, vendem sua força de trabalho. Essas regiões são consideradas subdesenvolvidas e sua população tem condição de vida precária, contando com alto índice de analfabetismo.

(Fonte - Gazeta do Oeste)

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