Veja o que é necessário para se tornar um doador de órgãos


Nesta terça-feira (27) é comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas.


Para isso se concretizar, o passo principal é você conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte, orienta o Ministério da Saúde.


A morte encefálica consiste na morte do cérebro, incluindo tronco cerebral que desempenha funções vitais como o controle da respiração. Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável. E, embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo.

Quais os requisitos para um cadáver ser considerado doador? Ter identificação e registro hospitalar;
Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral e submeter-se a exame complementar que demonstre morte encefálica;

Quero ser um doador de órgãos. O que posso doar? Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);
Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);
Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas);
Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas);
Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos);
Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
Pele; e Válvulas Cardíacas.

Quem recebe os órgãos e/ou tecidos doados? Quando é reconhecido um doador efetivo, a central de transplantes é comunicada, pois apenas ela tem acesso aos cadastros técnicos com informações de quem está na fila esperando um órgão. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade entre o doador e o receptor. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a receber o órgão.



Fonte: Portal R7

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