Na Pegada dos Dinossauros


Os vestígios deixados pelos animais pré-históricos são as maiores atrações do município de Sousa, localizado no alto sertão paraibano, a 430 quilômetros de João Pessoa, e fazem parte do cotidiano dos seus 80 mil habitantes. As fachadas das lojas comerciais têm dinossauros desenhados e outros lugares fazem referência aos animais como a Praça dos Dinossauros, Boate Rocksauro ou Churrascaria Mastodonte.

Sousa abriga um dos mais importantes sítios paleológicos do mundo, o "Vale dos Dinossauros", localizado no leito do Rio do Peixe, onde podem ser observadas pegadas deixadas por animais pré-históricos há mais de 130 milhões de anos e que chegam a medir meio metro cada uma, formando uma fileira de 53 pegadas.

Em meio a juremas-pretas, xique-xiques e algarobas, o Vale dos Dinossauros compreende uma área de mais 700 km² ao longo do Rio do Peixe. As primeiras pegadas encontradas estão na localidade de Passagem das Pedras, deixadas por iguanodonte, um semi-bípede que pesava 3 toneladas. Há vestígios também do temido tiranossauro rex e de um pterodáctilo.
Cientificamente reconhecido como um dos lugares mais importantes para realização de estudos paleontológicos, o Vale dos Dinossauros atrai estudiosos de todas as partes do planeta.

Ocupando uma área de 40 hectares dentro do Vale dos Dinossauros, a Prefeitura Municipal de Sousa criou um modesto museu onde há réplicas de pegadas, mapas e maquetes que mostram a formação do solo, administrado por Robson Marques desde a sua fundação, figura pitoresca conhecida como "Velho do Rio". "Minha mãe falava que eram rastros de lobisomem e me passava tanto medo que nunca fui lá. Só voltei quanto grande", conta Robson Marques, que também é neto de Anísio, o descobridor das pegadas.






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