Poema vencedor da Olimpíada de Língua Portuguesa 2010

Aluno: Alexsandro Matheus de Queiroz Sobrinho
Professora: Francineide Alves de Aquino
Escola: E. E. Tarcísio Maia; Cidade: Pau dos Ferros – RN



Cidade marcada a ferro


Se acaso “ocê” tiver tempo
para uma história escutar
vai conhecer nessa prosa
um pouco do meu cantar
que é história que se canta
quando se conta um lugar.
Quando essa terra, seu moço,
não tinha o nome que tem
era um simples povoado
que abrigava homens de bem,
senhores donos de gado
e gente humilde também.
Uma frondosa oiticica
o centro dali marcava
e ali sentavam vaqueiros
que da lida descansavam
e o tronco daquela árvore
a ferro forte marcavam.
De marcar com precisão
o tronco com quente ferro,
ferro que ferrava o gado,
ferro com que o homem ferra,
deram a minha cidade
o nome de Pau dos Ferros.
Pois dessa terra, seu moço,
o tempo fez outro povo:
homem que andava a cavalo,
sem rodovia e semáforo,
estacionamento ou carro,
hoje vê um mundo novo.
O pão de cada manhã
do “trigo” de cada dia,
o povo tirava da terra,
do que plantava, comia,
hoje muito do que compra
vem de outra freguesia.
Um céu de lua e de estrelas
encantava os namorados,
hoje, luzes amarelas
não deixam tão encantados
casais que enfeitam as praças
a andar de braços dados.
Há, porém, nessa terrinha
que Deus do céu povoou
um povo simples e alegre
feito mariposa em voo.
Valente feito lagarta,
que do casulo voou.

1 comentário:

  1. bom e u gostei adoro powemas so q os meus falam de morte coisa pesadas

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