A quantidade de acidentes no trânsito no feriado do final de semana passado assustou: ao todo, foram 51 no Rio Grande do Norte - isso considerando só as rodovias federais. O número é considerado alto e, de acordo com o diretor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o inspetor Roberto Cabral, representa bem o atual quadro de educação no trânsito da região. São dois os maiores fatores de risco no Estado: imprudência e álcool.
"A bebida, apesar de apresentar também um quadro de gravidade, sai perdendo para a imprudência no trânsito. As pessoas insistem em desobedecer à sinalização, fazer ultrapassagem errada, conduzir em velocidades acima das permitidas", afirma o inspetor. Para ele, isso se agrava ainda mais pelo "crescimento vertiginoso" do número de veículos no Estado: "Em apenas cinco anos, a quantidade de carros e motos quase dobrou no Estado".
Cabral explica que a junção destes dois fatores - imprudência mais quantidade de veículos - vem preocupando as autoridades. A isto, soma-se o grave problema que se enfrenta com o veículo de duas rodas, que representa 48% da quantidade de acidentes de trânsito no Estado.
Na opinião dele, precisam elaborar estratégias mais contundentes de combate. "Para mim, particularmente, o problema precisa ser tratado da base. O melhor é tornar a educação no trânsito parte da grade curricular das escolas, pelo menos as públicas. É mais fácil instruir uma criança do que mudar um adulto". Enquanto estratégias deste tipo não vêm, Cabral alerta a população com relação à fiscalização que ficará cada vez mais rigorosa. "A PRF vai cumprir o seu dever de tentar melhorar a situação e, se precisar, adotar medidas mais drásticas".
Lei Seca
Com relação à Lei Seca, inspetor Cabral afirma que a população está novamente descuidada. Segundo o inspetor, até outubro foram mais de mil autuações de pessoas dirigindo alcoolizadas nas rodoviárias federais. No ano passado, este número era menos da metade. "Logo que a lei foi instituída, as pessoas começaram a tomar mais cuidados. Mas se acostumaram de novo, e retornaram a dirigir alcoolizados".
No entanto, este também será um dos fatores de maior fiscalização no Estado. "A rigorosidade vai continuar e vamos continuar atentos, autuando e prendendo quem for necessário. A PRF manterá um trabalho de fiscalização constante e árduo".
Fonte: Jornal O Mossoroense
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