Criador de galinhas matou esposa por engano

Após um barulho no fundo do quintal, o cortador de plantas e criador de galinhas Francisco Messias de Paiva, o "Messias", 48, residente na Favela do Fio, disparou um tiro de espingarda bate-bucha que acertou a sua esposa Maria Goreti Lopes Soares, 43, que morreu no local. Francisco alegou que há dias estava tentando descobrir quem estava roubando as galinhas de sua criação e ao ouvir barulhos do lado de fora da casa se armou e somente após disparar percebeu que tinha assassinado a esposa.

Francisco informou que se viu desesperado ao ouvir o grito da esposa e que somente nesse momento percebeu quem tinha sido a vítima do disparo. "Ela estava a apenas uns dois metros de distância. Mas estava muito escuro", completa. Ele afirmou que estava fazendo uma tocaia para flagrar o ladrão de galinhas e que já haveria pedido à esposa para não ir mais ao quintal durante a noite.

"Ela tinha mania de urinar no quintal, mas eu estava só repetindo que ela não fizesse mais isso. Eu estava dormindo e ouvi o barulho. Fui ao quintal e ao abrir a porta vi um vulto se agachar. Só só que era ela urinando. Entrei e peguei a espingarda. Quando apontei a arma Goreti se levantou e eu disparei em seguida. Só notei quem era quando ela gritou. Fiquei desesperado e corri com meus meninos para pedir ajuda e uma ambulância da Samu. Quando voltei notei que não tinha mais jeito. Não sei o que fazer, eu matei a mãe dos meus filhos", declara.

De acordo com o irmão da vítima, José Altino Lopes, o seu cunhado já havia falado que estava sendo furtado. "Não sei se o que ele fala é verdade porque eu não estava lá. Mas eles não tinham muitas brigas, só coisa normal de casal", declara.

A bacharela Cristiane Magalhães, titular da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), disse que até o momento o caso está aparentando ser um homicídio culposo (que não tem intenção de matar) e que caso não haja nenhuma novidade certamente o juiz autorizará Francisco a esperar julgamento em liberdade.

Comportamento

Entre os relatos prestados pelo acusado e as testemunhas do caso durante todo o tempo, Francisco se apresentava desesperado e ao lado da esposa morta e dos filhos. O fato dele permanecer sempre próximo ao local do crime e tentando salvar a esposa dá credibilidade ao depoimento do acusado que alega ter matado por engano.

Fonte: Jornal O Mossoroense

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