Para quem está acostumado a
associar programas legais no Rio Grande do Norte ao litoral do Estado terá uma
grande surpresa ao encontrar, em meio à região do Alto Oeste Potiguar, trilhas,
cachoeiras, sítios arqueológicos e mirantes. Na região serrana, onde o clima é
ameno (em torno de 17 graus), se destacam pelas belezas naturais as cidade e
Martins e Portalegre.
A cidade de Portalegre foi
fundada pelo português em 1761, e recebeu este nome em homenagem ao vilarejo
homônimo da região de Alentejo, Portugal. Com pouco mais de sete mil
habitantes, o município tem como uma de suas principais atrações a Cachoeira do
Pinga, com aproximadamente noventa e cinco metros de extensão e de fácil acesso
(alguns minutos de caminhadas entre pequenos córregos, pontes de madeira e
pedras) e um visual de encher os olhos.
Um outro passeio imperdível
(feito preferencialmente com guia local) é o acesso através de trilhas para as
Torres (formação rochosa que lembra um cânion com uma visão privilegiada de
toda a região a mais de seiscentos metros de altitude) e ao sitio arqueológico
Pedra do Letreiro. São nove quilômetros de caminhada (entre ida e volta),
algumas escoriações e picadas de insetos, mas vale a pena – o visual
deslumbrante do alto da serra, as pinturas rupestres dentro das grutas e o
clima de aventura e descoberta, são pura adrenalina.
Para o final da tarde, a dica é
visitar a Fonte da Bica, com águas cristalinas vindas do alto da serra e
cercadas por jardins e praças, como também visitar o Mirante da Boa Vista,
local super agradável e que reúne um grande número de pessoas para se deliciar
com a linda visão e claro, com a culinária impecável, oferecida pelo
restaurante do mirante.
Em Martins, além de dois mirantes
e da igreja secular, dois passeios são imperdíveis: A visita a Pedra Rajada que
tem essa denominação devido à formação de manchas provocadas pelas águas das
chuvas e que formam a silhueta de um perfil que se assemelha ao rosto de
Cristo, como se estivesse com as mãos postas levantadas à ponta do queixo, elevando
ligeiramente a cabeça, como um gesto de oração a Deus.
O segundo passeio é para a Casa
de Pedra, uma caverna localizada num pequeno vale da Fazenda Trincheira, sendo
a cristalização mais antiga de um afloramento marítimo de calcário do período
pré-cambriano, com cem metros de comprimento, divididos em vários salões
menores, alguns profundos, escuros e cheios de morcegos, para chegar lá é
preciso enfrentar cerca de trinta quilômetros de estrada esburacada. O caminho
é cheio de lagos, planícies, vitórias regias e plantas exóticas.
Fonte: Com informações da Revista
Universitária News
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