Quadrilha dinamita agências do Banco do Brasil nas cidades de Umarizal e Martins

A destruição com explosivos de duas agências bancárias no interior do Estado é coisa que só se vê em filme, essa é a impressão de quem viu o estrago causado por uma ação ousada promovida por uma quadrilha de alta periculosidade que resultou na destruição de duas agências do Banco do Brasil, na madrugada de ontem, nas cidades de Umarizal e Martins.

Segundo informações da polícia, por volta da 1h, cinco ou seis homens chegaram a agência de Umarizal, na praça Helena Lúcia, e estouraram dois caixas eletrônicos, com bananas de dinamite, carregando o dinheiro em seguida.

A explosão foi tão violenta que arrebentou o teto, as janelas, além de espalhar estilhaços de vidro nas proximidades e no interior do banco.

Populares disseram que o estrondo foi ouvido em toda a cidade, assustando os moradores que acordavam sem saber o que estava se passando. A polícia colheu de população, que após a explosão dois homens e uma mulher foram vistos descendo de um EcoSport, de cor e placa não divulgadas, entrando no banco para retirar o dinheiro dos caixas destruídos.

"Não podemos adiantar muita coisa, pois a ação foi rápida e todas as informações que temos estão sendo mantidas em sigilo de investigação", disse um policial da delegacia local. A direção do BB não soube informar com precisão quanto foi levado pelos assaltantes, no entanto adiantou que teria sido pouco, uma vez que dos oito terminais em funcionamento apenas dois teriam sido violados.

Martins

A mesma ação ocorreu uma hora após na cidade de Martins, De acordo com a polícia local, já se passavam das 2h quando a cidade também foi sacudida por uma explosão.

Dos seis terminais localizados na agência, três foram destruídos, porém apenas o dinheiro de um deles foi levado. "Todo o aparato cinematográfico usado pela quadrilha não rendeu mais do que R$ 20 mil, se tiver sido isso tudo", explicou um funcionário do banco.

Policiais de diversas cidades se deslocaram às áreas dinamitadas, vasculharam tudo, mas ninguém foi preso.

Polícia da região Oeste acredita em ação planejada e estudada pelos assaltantes

A polícia investiga a ação ousada da quadrilha que arrombou e dinamitou as agências do Banco do Brasil das cidades de Umarizal e Martins, na madrugada de ontem, onde a lógica aponta para um planejamento prévio, além de muito meticuloso.

De acordo com a polícia, os bandidos estiveram anteriormente nas duas cidades fazendo o reconhecimento das áreas que seriam atacadas. Em Umarizal, por exemplo, o bando sabia que existiam apenas dois policiais de plantão na delegacia e cuidaram de esvaziar, minutos antes, os pneus da única viatura que havia na ocasião, impedindo uma possível perseguição.

Já na Serra de Martins, os bandidos antes de chegarem à agência botaram para correr dois vigilantes noturnos antes de explodirem os terminais eletrônicos. "São marginais que conhece bem as áreas que vão atuar", explicou um investigador civil.

População das cidades atacadas está temerosa com a segurança deficitária

No momento em que explodiram os terminais eletrônicos do BB em Umarizal os bandidos chamaram a atenção dos policiais das cidades vizinhas, deixando vulnerável a vigilância em outros municípios, o que facilitou a ação minutos após em Martins.

Para a polícia, enquanto parte das tropas se dirigia para Umarizal, a cidade serrana estava descoberta, o que fez com que o bando agisse na maior tranquilidade, inclusive com tempo de sobra para fugir do local sem ser perseguido. "Foi uma estratégia para despistar a polícia", disse um policial.

Medo

Moradores das cidades atacadas pela quadrilha estão amedrontados com a ousadia dos bandidos e acreditam que algo mais grave possa vir a acontecer nos próximos dias. Um comerciante da cidade de Martins disse que o número reduzido de policiais na cidade e as diversas saídas por estradas carroçáveis, que existem na serra, facilitam ações das quadrilhas.

"Não temos mais tranquilidade, vivemos um período negro e nos sentimos acuados com a ousadia dos bandidos", disse o comerciante.

Fonte - Jornal O Mossoroense

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