Formadas por mais de 50 municípios, as regiões do Médio e Alto Oeste não dispõem de um tratamento específico para as pessoas que são dependentes de drogas e não se tem conhecimento de que nem um município ainda implantou algum projeto que trate especificamente desse grave problema que vem atingindo milhares de famílias de várias classes na região.
Isso é o que acredita o deputado Gustavo Carvalho (PSB), que fez pronunciamento na Assembléia Legislativa cobrando da governadora Wilma de Faria e dos secretários da Segurança e da Defesa Social, Carlos Castim, e do Trabalho e Ação Social, Fernando Antônio Bezerra, a criação de um programa de atendimento aos dependentes químicos com sede em Pau dos Ferros, principal cidade da região.
Segundo o delegado da Polícia Civil de Apodi, bacharel, Célio Fonseca, lidar com o problema do vício no seio familiar não é fácil. Na maioria das vezes quando os pais descobrem que têm um filho dependente, normalmente a fase já ultrapassa os dois anos de uso, o que é considerado um estágio grave de "uso e abuso". "No início eles escondem, mas há raras exceções, eles (dependentes) são muito dissimulados e geralmente além de esconderem o vício negam que fazem uso", enfatiza o bacharel.
De acordo com relatos de viciados, em algumas maternidades e hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região o tratamento disponível para mulheres e adolescentes funciona apenas no sistema aberto para acompanhamento familiar e do paciente, mas sem a possibilidade de internação para desintoxicação.
Na região, municípios considerados pólos como Apodi, Alexandria, Caraúbas, Umarizal, Patu, Pau dos Ferros, Luís Gomes, São Miguel não dispõem de um serviço de atendimento especial a pessoas que sejam viciadas às chamadas drogas pesadas como crak, maconha, cocaína e quem se vicia tende a ficar cada vez mais envolvido no mundo das drogas.
Fonte: Jornal O Mossoroense
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