Recente Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o Rio Grande do Norte tem 1.639 estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, representando um aumento de 14,05% em relação a 2002, data da última pesquisa. Desses estabelecimentos, 70% são públicos e 30% da rede privada. A pesquisa lembra ainda que parte dos estabelecimentos privados fazem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Foram encontrados no Estado 501 estabelecimento privados de saúde, sendo 42 com fins lucrativos e 75 sem fins lucrativos. Quanto ao atendimento realizado nesses hospitais pelo SUS, foi verificado que 210 deles fazem atendimento por esse sistema. A pesquisa do IBGE aponta ainda a existência de 1.138 estabelecimentos públicos de saúde, sendo que 96% são municipais, 3% estaduais e somente 1% é de responsabilidade do governo federal.
O Rio Grande do Norte mostrou-se como a Unidade da Federação da Região Nordeste que apresentou o maior percentual de estabelecimentos de saúde em atividade localizados em Natal. Proporcionalmente, o Rio Grande do Norte apresenta a maior concentração - 2.765 - em sua capital do que os demais estados do Nordeste.
Aliás, Natal se posiciona como a 12ª capital brasileira com o maior número de instituições privadas de saúde. Quando desagregamos os estabelecimentos de saúde no RN segundo o tipo de atendimento que realizam, vemos que 11,65% deles realizam internação, 11,35% realizam apoio à diagnose e terapia, sendo que os demais, 77%, são estabelecimentos que não realizam internação.
No Rio Grande do Norte, dos estabelecimentos que fazem internação, 18,32% se localizam em Natal, mas a maior concentração ocorre entre os órgãos que efetuam "apoio à diagnose e terapia", com 45%.
A AMS encontrou 28.817 pessoas ocupadas nas instituições de saúde do Rio Grande do Norte, sendo 14.574 de nível superior e as outras 14.243 de nível médio. Das ocupações de nível superior, 7.712 são de médicos, 2.360 são enfermeiros, 1.481 odontólogos e 3.021 são outras ocupações de nível superior.
Quando a comparação é feita com o número de postos médicos por mil habitantes, o RN passa a ocupar a 11ª colocação. No estado, em 2005, haviam 2,57 postos de trabalho médicos para cada grupo de mil habitantes. Nas regiões Norte/Nordeste esse número ocupava o 2º lugar, atrás apenas de Sergipe, que tem 2,60 postos de trabalho médico por mil habitantes.
ODONTÓLOGOS
No caso dos odontólogos, o RN se destaca no cenário nacional. Existia no RN em 2005 cerca de 4,93 postos de trabalho de odontólogo para cada grupo de 10.000 habitantes. Esse número o colocava em quarto lugar no ranking nacional, atrás apenas do Distrito Federal, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
O RN também assume uma boa colocação no ranking nacional de enfermeiros por grupos de 10.000 habitantes. Em 2005 esse indicador era de 7,86. Somente o Rio de Janeiro, Roraima e o Distrito Federal possuíam um indicador superior ao do RN.
LEITOS
Ocorreu no RN o mesmo fenômeno verificado no Brasil quanto à evolução do número de leitos para internação. A AMS 2002 encontrou 7.468 leitos no RN, mas em 2005 esse número caiu para 7.189. Dos cerca de 279 leitos desativados no RN nesse período, aproximadamente 62% foram em Natal.
Quem mais desativou leitos no RN foram os municípios (desativaram 180 leitos), seguidos dos estabelecimentos privados (desativaram 173 leitos) e dos estabelecimentos federais (desativaram 82 leitos). Assim, a perda de leitos no RN só não foi maior devido a expansão no número de leitos sob a responsabilidade do governo estadual, que ampliou de 1.433 leitos em 2002 para 1.589 em 2005.
Em 2002, cerca de 39% dos leitos para internação existentes no RN estavam localizados em Natal. Em 2005, esse índice teve uma queda discreta, caiu para 38%. No RN aproximadamente 90% dos leitos privados estão disponíveis para o SUS.
INTERNAÇÕES
Segundo a AMS , no RN no ano de 2004 foram efetuadas 263.420 internações. Diferentemente do que ocorreu no Brasil, no RN esse número foi 4,55% inferior ao registrado em 2001, que havia sido de 275.965 internações.
Entre todas as Unidades da Federação, além do RN ocorreu queda nas internações nos seguintes estados: Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e no Distrito Federal.
Importante destacar, ainda, que no RN só não ocorreu redução de internações nos estabelecimentos sob a responsabilidade do governo estadual.
Podemos dizer que nos últimos anos progressivamente os estabelecimentos públicos estaduais vêm aumentando sua participação não só na quantidade de leitos no RN, mas também no número de internações.
Esse aumento da participação do Estado ocorre como decorrência da redução da participação dos municípios, do setor privado e do governo federal nas ações de internação da população potiguar.
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